Sevilha! - Espanha e Portugal - Parte 4

Você sabe por que em Sevilha há tantas laranjeiras pela cidade?

A lenda, que descobri neste blog aqui e contei para as crianças, fala de um rei apaixonado por Sevilha, que ficava triste porque a rainha preferia Granada, pelo simples fato de que em Granada tinha neve. Então o rei plantou laranjeiras pela cidade toda, e quando as árvores floriram e as flores branquinhas tomaram conta da paisagem, caindo lentamente no chão, fizeram realidade o desejo da rainha.

São histórias que só descobre quem precisa entreter as crianças em uma viagem como esta, e que tornam simples laranjeiras em diversão e encantamento!

Chegamos em Sevilha à noite, após passar o dia em Córdoba. Em Sevilha, ficamos hospedados no Bécquer Hotel, super bem localizado, distância a pé de todas as atrações da cidade! Apesar de o café da manhã ser cobrado à parte, o hotel conta com uma máquina de café, chá e chocolate quente que é de uso livre pelos hóspedes, nós aproveitamos!

No dia seguinte,  saímos do hotel já às 11 da manhã, e a regra da viagem foi tentar descansar um pouco mais em alguns dias, já que conheceríamos tanta coisa em tão pouco tempo. Ajudou o fato de amanhecer mais tarde, por ser inverno, e também todas as atrações turísticas e lojas só funcionarem depois das 10 da manhã.

Saímos andando do hotel para o centro, passando pela Plaza Nueva, praça onde ficam prédios como a “prefeitura” e embaixadas. A rua estava lo-ta-da!!! Muito turista, gente demais, parecia carnaval!!! Era sábado e parecia festa, todo mundo na rua aproveitando o sol em pleno inverno, com artistas de rua e clima de férias!

Seguimos para a Catedral de Sevilha, pegamos um pouco de fila na entrada (e na próxima prometo que compro os ingressos com antecedência pela internet!), mas deu tudo certo!

O site da Catedral é muito legal e tem uma área só para crianças. Lá são contadas algumas lendas, e é claro que eu coloquei no roteirinho das crianças!

A primeira é que as correntes que ficam ao redor da Catedral servem para marcar o “território sagrado” ou "o fim da jurisdição civil", e muitas pessoas que eram perseguidas injustamente pelas autoridades corriam para dentro desse território, pois as autoridades não ousavam invadir o terreno sagrado. Era o "direito de asilo", em pleno século XVI.

A outra lenda fala de objetos que estão pendurados em uma saída da Catedral para o Pátio de los Naranjos (todas as catedrais-mesquitas da região possuem esse pátio com o laranjal, é lindo e perfumado!). Os objetos são uma estátua de crocodilo ("el lagarto"), uma bride de cavalo, um bastao e uma presa de elefante, que fazem alusão aos presentes oferecidos por um sultão egípcio. Foi muito divertido procurar por esses objetos com eles!

Mais uma vez, o curioso sistema de irrigação das laranjeiras:

A Catedral é de fato magnífica!

É lá que fica o túmulo de Cristóvão Colombo:

No finalzinho ainda tivemos pique para subir a Torre da Giralda, impressionante pois não são escadas, mas rampas que se seguem até o campanário lá em cima!

De lá, fomos almoçar no restaurante Mamá Bistró, mais uma vez o TripAdvisor nos salvando! Comida maravilhosa!!! Bom demais!!!

Eu já disse que a vovó sempre acerta os pratos mais bonitos e gostosos?

Seguimos para entrar no Real Alcázar de Sevilla, palácio de jardins deslumbrantes, fontes de água, pátios com azulejos pintados minuciosamente, um labirinto de árvores e um belo palácio em estilo "mudejar", que é como eles chamam a arquitetura que combina os estilos islâmico e gótico, típica dessa região da Espanha.

Dali, resolvemos fazer um trajeto para conhecer o Bairro de Santa Cruz, tão falado nos blogs que li. Mas depois de ver toda a beleza dos jardins do Real Alcázar, esse passeio meio que perdeu a graça. Nada se comparava em beleza! Nem sequer a Plaza Alfaro, com o balcão que serviu de inspiração para a cena do filme de Romeu e Julieta, nem a Plaza Elvira com os banquinhos de azulejos. Então, fica a dica: se você for passar apenas um dia em Sevilla, visite o Alcázar e não se preocupe em percorrer o Bairro de Santa Cruz, já que a ruazinha em que fica o restaurante Mamá Bistró, na “entrada” do bairro, já é um aperitivo mais do que suficiente.

Balcão da Plaza Alfaro (Romeu e Julieta):

Dali seguimos a pé para a Casa de la Memoria Al Andaluz, onde fomos comprar os ingressos para o show de flamenco mais tarde. Como ficava muito perto, sugeri que fôssemos andando até o edifício Metrosol Parasol, também conhecido como Setas de Sevilla (“Cogumelos de Sevilha”), a maior estrutura em madeira do mundo. E é realmente impressionante! A gente vai andando pela rua e de repente se abre um clarão na nossa frente com essa estrutura espetacular de madeira trançada, enorme, formando cogumelos por cima de nós. Certeza de fotos espetaculares!!!

Dali, fizemos um lanche no 100 Montaditos, restaurante dos típicos mini-sanduíches de jamón (tipo de presunto ibérico) e muitos outros sabores.

Seguimos para o show de flamenco. A Casa de la Memoria não é daqueles shows típicos para turista ver, apesar de só ter turistas na plateia. É um show mais intimista, com um casal de bailaores (dançarinos), uma cantora e um violonista. Show lindo, com muita emoção, música e dança!

No dia seguinte, fomos buscar o carro alugado para percorrer o restante da região até Granada. Mas como ficou faltando a bela Plaza de España, não resistimos e tivemos que parar lá. Descobrimos um estacionamento pago no subsolo do Hotel Meliá, que fica bem ao lado da praça. Como estávamos com as malas no carro, seguimos o conselho de vários blogs de estacionar em locais fechados, pois há risco de arrombamento.

A Plaza de España foi construída em 1929 para uma exposição, e tem várias figuras em azulejo representando todas as “províncias” do país! A praça é em forma de semicírculo com um lago artificial contornando, toda com detalhes em azulejos com as figuras mais lindas! Belíssimas fotos, com direito a arco-íris se formando no céu azul com a água da fonte!

E olha que legal neste mapa, a província de Cádiz, nossa próxima parada! Fomos para Jerez, seguimos para Vejer e depois subimos para Arcos, Grazalema e Ronda (que já fica em Málaga). Ficou bem fácil de mostrar para as crianças!

Enfim, adoramos Sevilha!