Chegamos a Granada e logo avistamos da estrada a Sierra
Nevada!
Seguimos até o nosso hotel, Vincci Albaycin, super bem
localizado, a uma distância a pé dos principais pontos turísticos da cidade e
ao lado da loja de departamentos El Corte Inglés que, como já havíamos visto em
Madri, é uma ótima vizinha: tem supermercado, restaurante, café e otras cositas
más.
Deixamos a galerinha com os avós no hotel e saímos para
devolver o carro alugado, já que não seria nem um pouco necessário. Depois,
acabamos jantando no El Corte Inglés, compramos algumas coisas para o café da
manhã e encerramos o dia por ali.
No dia seguinte, nosso roteiro incluía todo o centro
histórico de Granada e um passeio pelo bairro de Albaicin, e foi o que fizemos!
Saímos andando do hotel pela Carrera de la Virgen, em
direção ao centro histórico.
Bom dia, Granada!
Seguimos até a Plaza Bib Rambla. No centro da praça há a Fuente de los Gigantes e ao
redor várias lojinhas de lembrancinhas de viagem. Nesta praça havia a
celebração de festas no tempo árabe, tendo se tornado também local de touradas
na era cristã, e também dos famigerados “autos de fé” da Inquisição. Mas hoje
só restaram muitas lojinhas!
Fuente de los Gigantes, Plaza Bib Rambla:
De lá, seguimos para La Alcaicería, uma área enorme tomada por lojinhas, sendo um
antigo mercado. As ruelas são um labirinto, e há de tudo, principalmente
artesanato turco, marroquino e granadino, como sedas, tapeçarias, lustres de
vidro colorido e caixinhas em marchetaria. Foi lá que encontramos uma
bonequinha de pano vestida de espanhola que minha filha tinha visto em Ronda e
tinha ficado na vontade. Lá também compramos belas caixas de marchetaria,
echarpes e algumas lembrancinhas.
Procurando um lugar para almoçar, mais uma vez o Tripadvisor
nos salvou indicando o maravilhoso Cacho e Pepe. Um lugarzinho pequeno, com
apenas duas mesas de dois lugares e um balcão de onde não paravam de sair
quentinhas para entrega, qualificado como o terceiro melhor restaurante da cidade em uma lista com mais de 1.200 estabelecimentos.
Meio desconfiada, perguntei se havia mesa para 6 (eu
jurava que ali era só a sala de entrada do restaurante e que teria um salão
maior atrás, mas era aquilo mesmo!). Prontamente, a moça juntou as duas únicas
mesas do restaurante, trazendo mais banquinhos para que coubéssemos todos nós.
O cheiro estava maravilhoso, não dava para recusar! Comemos muito bem, comida
italiana com gostinho de “lá de casa”, dessas coisas que aquecem a alma quando
se está em um lugar tão longe, com sabores tão diferentes do nosso costume. Valeu
demais!
Dali, fomos subindo pela Carrera del Darro, ruazinha que é
cheia de lojinhas e leva até o alto do bairro de Albaicín (antigo bairro árabe
muito legal de se passear). Optamos por passar direto pelos outros pontos
turísticos por causa do horário da siesta, quando as lojas de rua fecham as
portas.
Carrera del Darro:
No final da Carrera del Darro há uma praça chamada Paseo de
los Tristes, com uma estátua de um bailaor de flamenco.
Dali resolvemos retornar até o Mirador San Nicolás. Muitas
subidas, escadas e ladeiras...
...e a recompensa da vista maravilhosa da Alhambra, o
palácio-fortaleza que é a principal atração de Granada e que a gente visitaria
no dia seguinte! Foi um belo aperitivo!
Descemos até a Calle Calderería Nueva, cheia de lojinhas e
de casas de chá (chamadas teterías), um cheiro maravilhoso! O mais engraçado é que meu filho ficou
vidrado nas lojinhas, queria levar uma lembrancinha de cada lugar que
passávamos. Aí meu pai fez um vídeo muito engraçado, porque estava filmando as
lojas e quando menos espera, meu filho sai de lá de dentro! E o vovô: Olha pra
isso, onde ele já está!
Seguimos para fazer a visita à Catedral de Granada, primeiro
templo renascentista espanhol, que levou 181 anos para ser construída.
Belíssima e cheia de história para contar, com audioguia gratuito. Muita
riqueza em todas as capelas e um belíssimo órgão.
Fiquei apaixonada por esse quadro, Nossa Senhora do Leite:
Seguimos a pé e decidimos não entrar na Capela Real, um dos
últimos templos góticos da Espanha, que foi escolhida pelos reis católicos como
local de seu sepultamento.
Retornamos a pé para o hotel, não sem antes entrar no belo
prédio dos Correios com minha filha para enviar um cartão postal para o
endereço da escola (fizemos isso no Canadá e ela adorou, pois, como da outra
vez, voltamos antes de o postal chegar).
Também passamos na Casa Ysla, em frente ao nosso hotel,
confeitaria que produz os famosos piononos de Granada, um bolinho gelado com
calda caramelada por cima, e encerramos o dia.
No dia seguinte, nossa despedida de Granada foi em grande
estilo: conhecer a Alhambra! O nome vem de uma palavra árabe que significa
“castelo vermelho”, e assim ela é. É uma “fortaleza-palácio-cidade”, com marcas
arquitetônicas de todos os períodos históricos por que passou Granada.
Começamos a visita pelo Generalife, que era o palácio de
verão dos emires da Andaluzia, como explicou o Ricardo Freire neste post aqui, perfeito e cheio de dicas para que a visita seja um sucesso.
Belíssimos jardins e a curiosa Escalera del Agua, uma escada de onde descia a
água por uma vala no corrimão.
De lá, passamos pelas ruínas da antiga medina (cidade) e
pela Igreja, sendo que ao lado da igreja havia uma lojinha com uma máquina de café e chocolate quente que foi muito bem vinda!
Seguimos caminhando até a parte chamada Alcazaba, a parte mais
antiga do complexo, com belas vistas de cima das torres.
Demos uma passada rápida pelo Palácio Carlos V, que nada
mais era que um pátio redondo com colunas romanas que foi construído depois de
todo o resto, após a retirada dos árabes.
Nos apressamos para chegar a tempo à parte principal da
visita: os Palácios Nazaríes. Para entrar lá, você deve reservar um horário
quando for comprar o ingresso (que precisa ser comprado cerca de 3 meses antes
da data, pois os horários são bem disputados). Ali se seguiram belíssimos
aposentos com aquelas paredes “bordadas” tão características dos palácios
árabes, com tetos incríveis, cheios de detalhes “bordados” nas pedras e vistas
impressionantes.
E aqui mais uma dica: Aconselha-se entrar no complexo da Alhambra cerca de duas horas antes da hora marcada para os Palácios Nazaríes, para ver todo o resto antes e deixar o melhor pro final! Fizemos isso e foi até um pouco corrido, então vale até dar um tempo maior.
Voltamos para o hotel, maravilhados, almoçamos rapidamente
no El Corte Inglés e seguimos para o aeroporto, pegando o voo de volta para
Madri. Dormimos apenas uma noite ali, pertinho do aeroporto, no Ibis Hotel Aeropuerto Barajas, já que no dia
seguinte era o nosso voo para Lisboa.
Hasta la vista, España!
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