terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Lisboa e região - Espanha e Portugal Parte 7 - Final

Chegamos a Lisboa para a última parada da nossa viagem. 

A TAP oferece um stopover, em que você pode passar até 3 noites em Lisboa na ida ou na volta da viagem, sem pagar a mais por isso. E ainda oferece alguns passeios gratuitos, junto com a reserva, como uma visita a uma vinícola, city-tours e outros. Foi o que fizemos.

Nos hospedamos no Ibis Lisboa Liberdade, super bem localizado e oferecendo também quartos triplos, o que foi bem difícil de encontrar ao pesquisar hotéis em Lisboa. 

Pertinho do hotel havia o restaurante Dote, muito gostoso, onde almoçamos e ficamos pensando o que fazer na tarde com chuva. Sim, fugimos da chuva com sucesso a viagem toda, mas em Lisboa ela nos pegou!  

Resolvemos seguir para o Oceanário de Lisboa, e as crianças adoraram! Peixes, tubarões, pinguins, águas-vivas, corais e outros seres marinhos fantásticos. O aquário é realmente impressionante, um paredão de vidro desponta na nossa frente logo na entrada e nos acompanha por toda a visita. Dá a impressão de que estamos em um espaço submerso.





De lá, andamos até o Centro Comercial Vasco da Gama (nem ouse chamar de shopping na terrinha da nossa língua-mãe), apenas para lanchar e encerrar o dia.

No dia seguinte, tínhamos agendado o passeio à vinícola na parte da tarde, então passamos a manhã passeando pelo centro de Lisboa até que desse o horário. Tiramos foto na famosa estátua de Fernando Pessoa e o vovô, velho conhecedor de Lisboa, indicou uma livraria ali por perto para escolher uns livros para as crianças. Era simplesmente a Bertrand Livreiros, que só depois descobrimos ser a livraria mais antiga do mundo!  Eles ainda carimbam o livro comprado com o nome da livraria e a referencia a este título. Coisinhas simples que nos encantam!




Precisávamos almoçar para seguir para o ponto de encontro do passeio, e no TripAdvisor surgiu o nome do restaurante Solar 31 da Calçada. Muito bem avaliado, fica em uma ladeirinha meio escondida, e a entrada mesmo do restaurante é bem discreta. Se não prestar bem atenção, você até passa batido.
Mas foi uma grata surpresa! Comida maravilhosa, atenção do chef o tempo todo vindo até a mesa nos sugerir algo e um “welcome drink” oferecido pela casa, um espumante em um balde borbulhante de gelo seco. Fiquei devendo provar a sobremesa por conta do nosso horário!



Seguimos para a Praça e ali esperamos a van do passeio. Só havia nós seis para este dia, e foi um verdadeiro tour particular. O motorista/guia super simpático, nos mostrando todas as atrações do caminho. 



Passamos pela Ponte e seguimos para a região de Setúbal, onde fomos visitar a vinícola da famosa Periquita. 



O tour seguiu pelos jardins, por um mini-parreiral e pelas adegas cheias de toneis enormes. O interessante foi a guia da vinícola contando que as teias de aranha que ficavam por cima dos toneis ajudavam a conservar a madeira, pois evitava a proliferação de fungos. Foi bem legal e as crianças ficaram bem entretidas com todas as explicações.

O jardim:


O parreiral no inverno, murchinho:


Muito frio nesse lugar dos toneis:




E, claro, a provinha no final! Como sou formiga, adorei o moscatel! Docinho, docinho!


Na praça da cidade há esse imenso cacho de uva como escultura, mas não cabe na mala!


De lá, o guia nos levou por uma estrada que passava no alto de uns desfiladeiros com vista para o mar, muito lindo, e encerramos nosso dia, voltando para o hotel por conta da chuva!

Eu e papi enfrentando o vento para apreciar a bela vista:


No dia seguinte, programamos ir a Sintra, para conhecer o Palácio da Regaleira. 


Como já havíamos estado lá antes, este era o único dos palácios que ninguém conhecia, então era o nosso plano. Fomos até lá de trem, super tranquilo. Porém estava chovendo muito, difícil até para andar pelas ruazinhas de Sintra, charmosa cidade histórica. 

Assim, fomos até a Padaria Periquita comer os famosos travesseiros e queijadas, e de lá até o centro turístico para descobrir o que fazer na chuva. Desistimos da Regaleira porque o legal de lá são os espaços ao ar livre e jardins, ficou então para a próxima. 

Almoçamos e pegamos um ônibus até Cascais, no litoral, passando por uma estrada com belas vistas (também difícil de ver por causa da chuva). De lá, pegamos o trem até Belém, porque não podíamos (presente!) sair de Lisboa sem comer os deliciosos pastéis de Belém!


Tudo meeeeu:




No último dia ainda deu para dar um pulinho na loja da Decathlon antes de seguir para o aeroporto, e parece que o sol, tímido, veio se despedir de nós:




E aqui termina a nossa aventura! De tudo o que vimos, todas as experiências e lugares fantásticos, a chuva no final foi só um detalhe.

Não existe lugar melhor do mundo do que estar ao lado dos que amamos, e para mim foi muito especial poder compartilhar todos esses momentos com eles!

Que venha a próxima!



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Granada! - Espanha e Portugal - Parte 6

Chegamos a Granada e logo avistamos da estrada a Sierra Nevada!




Seguimos até o nosso hotel, Vincci Albaycin, super bem localizado, a uma distância a pé dos principais pontos turísticos da cidade e ao lado da loja de departamentos El Corte Inglés que, como já havíamos visto em Madri, é uma ótima vizinha: tem supermercado, restaurante, café e otras cositas más.

Deixamos a galerinha com os avós no hotel e saímos para devolver o carro alugado, já que não seria nem um pouco necessário. Depois, acabamos jantando no El Corte Inglés, compramos algumas coisas para o café da manhã  e encerramos o dia por ali.

No dia seguinte, nosso roteiro incluía todo o centro histórico de Granada e um passeio pelo bairro de Albaicin, e foi o que fizemos!

Saímos andando do hotel pela Carrera de la Virgen, em direção ao centro histórico.
Bom dia, Granada!


Seguimos até a Plaza Bib Rambla. No centro da praça há a Fuente de los Gigantes e ao redor várias lojinhas de lembrancinhas de viagem. Nesta praça havia a celebração de festas no tempo árabe, tendo se tornado também local de touradas na era cristã, e também dos famigerados “autos de fé” da Inquisição. Mas hoje só restaram muitas lojinhas!
Fuente de los Gigantes, Plaza Bib Rambla:


De lá, seguimos para La Alcaicería,  uma área enorme tomada por lojinhas, sendo um antigo mercado. As ruelas são um labirinto, e há de tudo, principalmente artesanato turco, marroquino e granadino, como sedas, tapeçarias, lustres de vidro colorido e caixinhas em marchetaria. Foi lá que encontramos uma bonequinha de pano vestida de espanhola que minha filha tinha visto em Ronda e tinha ficado na vontade. Lá também compramos belas caixas de marchetaria, echarpes e algumas lembrancinhas.



Procurando um lugar para almoçar, mais uma vez o Tripadvisor nos salvou indicando o maravilhoso Cacho e Pepe. Um lugarzinho pequeno, com apenas duas mesas de dois lugares e um balcão de onde não paravam de sair quentinhas para entrega, qualificado como o terceiro melhor restaurante da cidade em uma lista com mais de 1.200 estabelecimentos. 

Meio desconfiada, perguntei se havia mesa para 6 (eu jurava que ali era só a sala de entrada do restaurante e que teria um salão maior atrás, mas era aquilo mesmo!). Prontamente, a moça juntou as duas únicas mesas do restaurante, trazendo mais banquinhos para que coubéssemos todos nós. O cheiro estava maravilhoso, não dava para recusar! Comemos muito bem, comida italiana com gostinho de “lá de casa”, dessas coisas que aquecem a alma quando se está em um lugar tão longe, com sabores tão diferentes do nosso costume. Valeu demais!




Dali, fomos subindo pela Carrera del Darro, ruazinha que é cheia de lojinhas e leva até o alto do bairro de Albaicín (antigo bairro árabe muito legal de se passear). Optamos por passar direto pelos outros pontos turísticos por causa do horário da siesta, quando as lojas de rua fecham as portas.

Carrera del Darro:




No final da Carrera del Darro há uma praça chamada Paseo de los Tristes, com uma estátua de um bailaor de flamenco. 





Dali resolvemos retornar até o Mirador San Nicolás. Muitas subidas, escadas e ladeiras...


 ...e a recompensa da vista maravilhosa da Alhambra, o palácio-fortaleza que é a principal atração de Granada e que a gente visitaria no dia seguinte! Foi um belo aperitivo!






Descemos até a Calle Calderería Nueva, cheia de lojinhas e de casas de chá (chamadas teterías), um cheiro maravilhoso! O mais engraçado é que meu filho ficou vidrado nas lojinhas, queria levar uma lembrancinha de cada lugar que passávamos. Aí meu pai fez um vídeo muito engraçado, porque estava filmando as lojas e quando menos espera, meu filho sai de lá de dentro! E o vovô: Olha pra isso, onde ele já está!



Seguimos para fazer a visita à Catedral de Granada, primeiro templo renascentista espanhol, que levou 181 anos para ser construída. Belíssima e cheia de história para contar, com audioguia gratuito. Muita riqueza em todas as capelas e um belíssimo órgão.




Fiquei apaixonada por esse quadro, Nossa Senhora do Leite:



Seguimos a pé e decidimos não entrar na Capela Real, um dos últimos templos góticos da Espanha, que foi escolhida pelos reis católicos como local de seu sepultamento.


Retornamos a pé para o hotel, não sem antes entrar no belo prédio dos Correios com minha filha para enviar um cartão postal para o endereço da escola (fizemos isso no Canadá e ela adorou, pois, como da outra vez, voltamos antes de o postal chegar).

Também passamos na Casa Ysla, em frente ao nosso hotel, confeitaria que produz os famosos piononos de Granada, um bolinho gelado com calda caramelada por cima, e encerramos o dia.

No dia seguinte, nossa despedida de Granada foi em grande estilo: conhecer a Alhambra! O nome vem de uma palavra árabe que significa “castelo vermelho”, e assim ela é. É uma “fortaleza-palácio-cidade”, com marcas arquitetônicas de todos os períodos históricos por que passou Granada.



Começamos a visita pelo Generalife, que era o palácio de verão dos emires da Andaluzia, como explicou o Ricardo Freire neste post aqui, perfeito e cheio de dicas para que a visita seja um sucesso.




Belíssimos jardins e a curiosa Escalera del Agua, uma escada de onde descia a água por uma vala no corrimão.

De lá, passamos pelas ruínas da antiga medina (cidade) e pela Igreja, sendo que ao lado da igreja havia uma lojinha com uma máquina de café e chocolate quente que foi muito bem vinda!



Seguimos caminhando até a parte chamada Alcazaba, a parte mais antiga do complexo, com belas vistas de cima das torres.





Demos uma passada rápida pelo Palácio Carlos V, que nada mais era que um pátio redondo com colunas romanas que foi construído depois de todo o resto, após a retirada dos árabes.



Nos apressamos para chegar a tempo à parte principal da visita: os Palácios Nazaríes. Para entrar lá, você deve reservar um horário quando for comprar o ingresso (que precisa ser comprado cerca de 3 meses antes da data, pois os horários são bem disputados). Ali se seguiram belíssimos aposentos com aquelas paredes “bordadas” tão características dos palácios árabes, com tetos incríveis, cheios de detalhes “bordados” nas pedras e vistas impressionantes.












E aqui mais uma dica: Aconselha-se entrar no complexo da Alhambra cerca de duas horas antes da hora marcada para os Palácios Nazaríes, para ver todo o resto antes e deixar o melhor pro final! Fizemos isso e foi até um pouco corrido, então vale até dar um tempo maior.

Voltamos para o hotel, maravilhados, almoçamos rapidamente no El Corte Inglés e seguimos para o aeroporto, pegando o voo de volta para Madri. Dormimos apenas uma noite ali, pertinho do aeroporto, no Ibis Hotel Aeropuerto Barajas, já que no dia seguinte era o nosso voo para Lisboa.


Hasta la vista, España!